5 razões para arquitetos de interiores utilizarem o Revit® e adotarem o BIM
(+ 1 razão para a indústria moveleira sair da inércia)
Texto: Erik Uppenberg | Tradução adaptada: Silvia Lavagnoli
Suponhamos que você está no ramo da indústria moveleira
corporativa, seja como fabricante ou representante. Não seria incrível entender
como os arquitetos estão utilizando seus produtos no espaço virtual?
Esse texto serve de cartilha para profissionais da indústria moveleira corporativa e
ajudará a entender a importância de uma biblioteca BIM para os arquitetos de
interiores.
Para os novatos no conceito BIM, o acrônimo significa
Building Information Modeling. O BIM é um processo eficiente e colaborativo utilizado
por arquitetos, engenheiros, construtoras e decoradores como forma de planejar
e visualizar as edificações.
O Revit® desenvolvido pela Autodesk© é um software baseado
no conceito BIM. Comparativamente, o AutoCAD® não é um software BIM, utilizando
o conceito CAD (Computer Aided Design).
Uma das coisas mais interessantes da era BIM é que em muitos
casos os arquitetos de interiores trabalham com o produto de um fabricante em
um meio virtual antes mesmo de ver o produto físico.
Como? Com toda a tecnologia disponível, um profissional projeta
um espaço utilizando uma cadeira (através de uma biblioteca disponibilizada
pelo fabricante) antes mesmo de ter a oportunidade de sentar-se nela!
Esta é a nova realidade para arquitetos de interiores que
trabalham colaborativamente com outras disciplinas em projetos BIM, sendo o
Revit® da Autodesk© o software mais utilizado no mercado.
Como o BIM hoje se faz presente na maioria dos projetos de
grande porte, aqueles que trabalham com interiores TAMBÉM encontram-se em
processo de mudança do CAD para o BIM.
5 razões pelas quais os arquitetos de interiores estão migrando para o BIM e adotando o Revit®.
1. O Revit® ajuda na visualização 3D
Os programas BIM como o Revit® trabalham em 3D. A facilidade para alterar entre as vistas 2D e 3D ajuda os arquitetos de interiores tanto no sentido prático quanto criativo do trabalho.
O conceito de “Clash detection” (detecção
de interferências), que evita erros quando dois objetos são inseridos no mesmo
espaço, é de fundamental importância. Projetar em 3D faz com que a inserção de
objetos no espaço seja tão intuitiva quanto colocar um objeto físico em um
quarto.
Os usuários de Revit® utilizam as vistas tridimensionais
para gerar renders básicos de seus projetos. É uma excelente oportunidade para
impressionar o cliente e discutir as ideias de layout para um determinado
espaço.
Nesta fase, o arquiteto de interiores
mostra o mobiliário inserido no espaço, o que aumenta a importância dos
fabricantes oferecerem uma biblioteca de seus produtos para Revit® com boa
qualidade.
2. O s dados são fáceis de manusear
Existe uma infinidade de programas
3D no mercado que arquitetos de interiores podem utilizar até mesmo
gratuitamente. A grande vantagem do BIM está não somente na habilidade de
projetar em 3D, mas também no fácil manuseio das informações inseridas.Uma boa biblioteca de modelos
Revit® é composta não somente da representação gráfica dos produtos, mas também
de especificações, características e acabamentos de cada item. A parte mais
relevante dessas bibliotecas está justamente nestas informações e não no
aspecto gráfico de cada modelo. Modelos Revit®/ BIM
frequentemente contém informações tão valiosas que servem para propósitos de
certificações importantes como o LEED por exemplo.
3. O s quantitativos (schedules) do Revit® ajudam (E MUITO!) na criação de listas de materiais
Uma tabela de quantitativo (Schedule)
gerada pelo Revit® além de conter todas aquelas informações importantes que os
modelos BIM carregam, possui interface muito simples similar a uma planilha
Excel. Por isso são facilmente manuseadas pelos arquitetos que delas extraem as
listas de materiais de seus projetos.
Os usuários de Revit® utilizam os
quantitativos para editar e visualizar as informações de diversas formas. Por
exemplo, os quantitativos por ambiente podem ser obtidos a partir das listagens
de itens (produtos) inseridos no desenho.
Pode-se também adicionar produtos que não
possuem representação gráfica (pintura, por exemplo) o que possibilita o
cálculo preciso da quantidade de material necessário para determinada área.
4. O BIM promove o trabalho colaborativo
O mobiliário é apenas uma pequena parte do
projeto de uma edificação. Arquitetos envolvidos no projeto de um prédio não
estão olhando apenas para sua “parte” do trabalho, eles colaboram em um modelo
virtual que é simultaneamente alterado por profissionais de outras disciplinas.
Passar um projeto de arquitetura de mão em
mão, do arquiteto para o engenheiro e finalmente para a construtora é um
processo que está com os dias contados.
O BIM permite o desenvolvimento de diversas
disciplinas simultaneamente. Isso significa que engenheiros, projetistas
eletricistas, projetistas hidráulicos e arquitetos podem teoricamente trabalhar
ao mesmo tempo em um modelo BIM.
Projetar em Revit® proporciona aos
arquitetos uma percepção mais completa do espaço assim como as interferências
de outras disciplinas, resultando em melhores decisões sobre layout e escolha
de materiais por exemplo.
5. Informação falsa não entra
Com o uso do Revit®/ BIM as solicitações de
alterações ou detalhamento de projeto por parte das construtoras praticamente
desaparece.
Isso acontece porque o projeto BIM é muito
mais consistente do que o CAD.
O Revit® não permite que o projetista
invente um número, elemento ou produto, característica muito apreciada pelos
bons profissionais, pois promove honestidade e precisão. Em um ambiente BIM
tudo o que aparece no projeto realmente existe no mundo real. E caso a
modelagem ou as informações não sejam fiéis ao produto, a irregularidade tem
grandes chances de ser detectada com antecedência e consertada o mais rápido
possível antes que o projeto chegue à obra.
Se você é fabricante de mobiliário, agora
que já sabe por onde anda o modelo do seu produto antes de chegar à obra do
cliente, que tal tratar esse assunto com mais carinho e dedicar mais atenção a
uma biblioteca BIM de qualidade? Os arquitetos de interiores que estão lendo
esse texto agradecem.
Erik Uppenberg |
Silvia Lavagnoli |
Silvia Lavagnoli é gerente de marketing na ofcdesk, baseada em São Paulo, responsável pelas ações nos Estados Unidos e Brasil.
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