Apesar de ser possível importar um arquivo DWG para o Revit®, os resultados não são satisfatórios
Texto: Erik Uppenberg | Tradução adaptada: Silvia Lavagnoli
Por "não são satisfatórios" entenda-se: não são dignos de um profissional BIM BETTER. Por isso, se você não quiser ser confundido com um principiante,
jamais envie arquivos importados do AutoCAD® para usuários de Revit®. Eles saberão de cara
que se trata de arquivos convertidos do AutoCAD® e você vai passar vergonha!
Nosso colaborador baseado em Chicago, Erik Uppenberg gravou
um vídeo bastante didático sobre o assunto. O vídeo foi traduzido para
português e deixa bem claro as diferenças de performance entre um bloco de AutoCAD® convertido
e uma família nativa de Revit®. Confira!
Um dos desafios dos fabricantes, principalmente em razão da demanda atual, é disponibilizar bibliotecas para Revit® para arquitetos e especificadores. Muitos fabricantes até entendem que o Revit® é importante e oferecem suas bibliotecas, mas em razão dos custos e muitas vezes por falta de informação, optam por bibliotecas compostas por arquivos DWG convertidos. Isso é ótimo para os seus clientes que usam o AutoCAD®, mas é um desastre para os usuários do Revit®.
Além do que foi demonstrado há ainda duas razões adicionais
pelas quais os usuários de Revit® não gostam de arquivos DWG em seus projetos:
1. Arquivos DWG são pesados no Revit®
Usuários de Revit® muitas vezes trabalham em projetos de
grande escala. Seus projetos podem incluir andares ou até mesmo prédios
inteiros. Os arquivos DWG são pesados e dificultam o manuseio dos projetos,
mesmo nas máquinas mais potentes.
Os arquivos DWG contém muitos detalhes, não são paramétricos e
não possuem opções de visualização como as famílias nativas do Revit® (coarse,
medium e fine), portanto pesam mesmo no seu projeto!
Em suma, eles não foram feitos para o Revit® e tentar
adaptá-los à plataforma para a qual não foram criados impede que o usuário
tenha uma boa experiência. O pior é que a experiência é ruim tanto com o Revit® quanto com o produto.
2. Arquivos DWG não são flexíveis em Revit®
Como foi demonstrado no vídeo, os arquivos DWG utilizados em
ambiente Revit® não são flexíveis. Digamos que você tenha criado uma configuração de mobiliário
em AutoCAD® e decide então importar tudo para o Revit®. Coitado do próximo usuário que tiver que fazer qualquer alteração nesse arquivo de Revit®... Vai passar por maus
bocados e isso não vai fazer bem para sua reputação profissional.
Arquivos importados do AutoCAD® no Revit® são blocos rígidos
que atrasam (e atrapalham!) muito o trabalho dos usuários de Revit®.
Mas o mais importante é que arquivos DWG quando levados ao
ambiente de Revit® não possuem aquilo que é o grande diferencial do conceito BIM: a
informação. A importação torna-os “blocos burros” que até cumprem seu papel
gráfico, mas não acrescentam nenhuma informação ao projeto sobre o produto que representam.
Concluindo, não é uma boa ideia oferecer seus
arquivos do AutoCAD® para um usuário de Revit®. Se você é usuário de Revit®, já sabe do que estamos falando. Se está para entrar no mundo BIM, já sabe como separar o trigo do joio. Agora, se você é fabricante, invista em uma boa biblioteca de famílias nativas no Revit® e permita que o primeiro contato com seu produto ainda no projeto seja realmente positivo.
Erik Uppenberg |
Silvia Lavagnoli |
Erik Uppenberg é diretor comercial da ofcdesk, baseado
em Chicago, responsável pela área comercial em toda a América do Norte.
Silvia Lavagnoli é gerente de marketing
na ofcdesk,baseada em São Paulo, responsável pelas ações nos Estados
Unidos e Brasil.