Quem está comprando faz as contas muito mais rápido do que quem está vendendo.Fato: o cliente que compra um projeto BIM sabe que economizará ao final da obra.
Muito já se debateu sobre as vantagens de adotar o BIM em escritórios
de arquitetura, instalações e no canteiro de obras.
Com um único modelo virtual disponível para todas as equipes (arquitetura,
estrutura, hidráulica, elétrica, ar condicionado, etc.), tudo é debatido e
resolvido antes de chegar ao canteiro de obras, evitando o retrabalho em
desenhos e erros durante a obra.
Ponto pacífico: todos os profissionais envolvidos ganham em qualidade e
agilidade com o BIM.
O seu cliente pode achar tudo isso muito legal, mas estará
certamente mais interessado nos benefícios que ele mesmo terá, afinal de
contas, é isso que ele enxergará quando comparar você com seus concorrentes.
Você já
parou para pensar que quem está comprando faz as contas muito mais rápido do
que quem está vendendo?
Fato: o
cliente que compra um projeto BIM sabe que economizará no final da obra. A
economia vem da duração da obra, da mão de obra, do material e da qualidade do
projeto que lhe é entregue no final do processo. Isso sem entrar no aspecto
sustentabilidade que abordaremos em outra oportunidade.
Em termos técnicos. O
BIM exige o trabalho colaborativo entre as equipes. O que antes era um processo
sequencial (por exemplo: arquitetura -> estrutura -> hidráulica), passa a
ser simultâneo, com todas as equipes envolvidas desde o começo do projeto. O
debate interdisciplinar antecipado melhora a qualidade do projeto, pois no modelo
virtual os profissionais podem ensaiar todas as possibilidades e selecionar a
melhor, detectando as interferências durante os ensaios.
Em termos práticos. Com o
BIM, os ensaios virtuais substituem as gambiarras em obras.
Conta rápida: ensaio virtual custa zero para o cliente; gambiarras
podem ser bem onerosas dependendo do tamanho do problema. O cliente vai
eventualmente desperdiçar material, pagar mão de obra para refazer o serviço e
ainda ter a obra atrasada.
Adivinha só o que ele preferirá? Projeto tradicional ou em BIM?
Adeus as-built. Além
das vantagens percebidas em obra, o cliente que contrata um projeto em BIM
certifica-se de que no final da construção estará de posse de um documento
preciso sobre seu edifício, que contemplará não somente a parte gráfica, mas
todo tipo de informação que foi possível agregar durante a construção, como um
memorial descritivo incorporado ao projeto. A necessidade do projeto as-built deixa de existir, pois o
edifício deve ser a cópia fiel do modelo virtual. E esse modelo virtual é vivo
e deve modificar-se ao longo do tempo juntamente com o edifício. Nunca mais
ouviremos falar em projeto final.
Depois que você
partiu. Você esteve com o cliente por 3 ou 4 anos, entregou a obra e está
livre para novos projetos? Sim, pode ir, você já cumpriu sua missão. Mas não se
esqueça que depois que você for embora, o cliente ainda terá mais 50, 60 anos
de operação do edifício, com ou sem você. E durante todo esse período a
documentação em BIM é valiosíssima, pois sempre que for necessária uma
intervenção ou reforma, o modelo virtual estará lá contemplando todas as disciplinas
do edifício e pronto para ser utilizado em novos ensaios. Além disso,
manutenções preventivas podem ser melhor gerenciadas e programadas gerando
economia ao proprietário.
O cliente tem sempre
razão. O BIM deixará de ser uma opção e se tornará um requisito. A
velocidade disso é o cliente quem determinará. Com benefícios tão evidentes, é
certo que o processo é iminente e os profissionais devem estar preparados para
as novas demandas ou correrão o risco de perder em competitividade.